segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CORAÇÃO ANALFABETO


Meu coração não sabe ler,
se soubesse talvez me dissesse
coisas que não consigo entender.

Como qual a palavra correta
para descrever a situação certa
descrever o que penso, o que sinto
o que sonho...

Se soubesse escrever
descreveria melhor as sensações
de confusão, de solidão
de saudade, de liberdade.

Oh palavra és tão ingênua
tão simploriamente pobre,
tão incorreta.

Meu coração inteligente,
tão limitado porém.
Meu coração sonhador,
tão impossibilitado porém.

Quisera eu saber tanto
no entanto,
apenas serva sou.

Conheço-te coração
e tu me conheces
mas difícil é
concretizar o pensamento
em uma única palavra
singela ela.

O que quero é mais que palavra
o que sonho então...
transbordantemente mais.

Verbalizar um sentimento?
é pecar contra o coração.
o que se sente não se resume
até mesmo a explicação é restrita.

há tanto entre o gostar e não gostar
que extravasa o quase gostar
O coração conhece as diversas tonalidades
Mas torna-se até incompetente
Porque falha na demonstração real
Das diversas cores

Ah se ele soubesse ler e escrever
Talvez eu descobrisse que não existem verdades,
Nem mentiras
E nem o misto delas,
Mas parcelas infinitas de diversos sentidos.

Pudéssemos explanar essa diversidade
Louco seríamos?
Considerados gênios?
Gênio seria pouco para tal explicar

Mas o coração não pára
Talvez já tenha desistido
E porquanto continuamos...
Tão limitados, tão comuns e
Tão.... algo que nem sei dizer.

Suzi Daiane da Silva 24/02/08

Um comentário:

Letícia Arcoleze disse...

adorei esse poema!
muito lindoo mesmo ^^

Suzi, te adoro muito ♥