sábado, 13 de setembro de 2008

Saudade do que (não) tenho

Do cheiro é que tenho saudade
Daquele que parece o do aconchego da avó
Aquela que consegue dar carinho até quando briga

Do sabor quente é que tenho saudade
Daquele do chocolate
Aquele que tomo quando me deito e vejo filme comigo mesma

Das conversas é que tenho saudade
Daquelas que duram horas
Aquelas, que são as melhoras do dia, da semana e até mesmo do mês.

Do abraço é que tenho saudade

Daquele mais apertado e com mais afeto
Aquele dado sem cobrança.

Do silêncio é que tenho saudade
Daquele que fazia e podia ouvir apenas a voz de Deus
Aquele, que é aquele que hoje eu mais tenho saudade.

Um comentário:

J.R. Lima disse...

Saudade é uma coisa esquisita, não é. às vezes a gente tem saudade até do que nunca viu, ou teve.

saudade é sonhar e acordar, ou o contrário, sei lá.