segunda-feira, 28 de setembro de 2009

1º Curso de Formação de Escritores do SESC

RASCUNHOS

* Entre a xícara e a gota de chá a cair, advinda do saquinho ainda molhado, havia um vento que não fazia os dentes baterem depressa.
Neste vento contemplava-se uma imagem, não tinha chapéu alto , nem um nariz com verruga na ponta.
E era ali, não no mês de outubro que Franklin Cascaes observava bruxas e conversa com elas, sentindo o leve vento passar.



* Esforçava-se para sentar na sua poltrona preferida e quando finalmente conseguiu sentir a almofada macia, seus olhos perderam-se na pilha de fotos a exibir-se na estante empoeirada.
Soprou a poera que lambuzou seu rosto molhado de lágrimas sinceras.



* A cor verde ainda o fazia lembrar daquela blusa de cetim que ela gostava de usar nos jantares de datas especiais.
Após o trabalho, preparou um prato: brócolis, tomates e carne. Sabia que ela se orgulharia e foi assim que começou seu hábito de comer verduras.



* Você e a Clarice Lispector:

- Descobriu que o infinito tinha um gosto salgado, mas que ele oferecia sobremesa.

- Não fosse observada, talvez fosse branca demais, imperceptível, mas tinha brilho.

- Achou dentro do nada um tudo em pleno sentido, não o tocou, observava porque suas mãos cheias de tudo sujaria a pureza do nada.

Um comentário:

Chef Majcher disse...

"A noite é sua única inimiga.
Quando eles a envolverem
no mundo da escuridão.
Então não se saberá o
que é a sombra ou a névoa.
A diferença é o lobo.
E aí será tarde demais.
E sua pequena amada
está perdida para sempre."

Era uma vez um peixinho... agora apenas a lembrança de um aquário vazio... Vazio de carinho, de afeto, de amor... Será que ainda há esperança de salvar este aquário? o que acontecera ao peixinho?

"O que se vê, antes não era; e o que era, não é mais." Leonardo da Vinci

"Nosso amor puro pulou o muro..." (Chacal)